terça-feira, 12 de maio de 2009

Inovando na literatura 4

2-4-0 - Parte 4

Janice tirou um dia de folga para ir ao mercado. Enquanto passava as compras pelo caixa uma coisa lhe chamou a atenção, uma notícia na televisão, um assassinato e uma cruz no peito do homem.
- Meu deus – exclamou a promotora.
Neste mesmo instante pegou o celular e ligou para o seu chefe

- Esse assassino não pode continuar solto, peça ao juiz para expedir um mandado de prisão.
- Já pedi, mas nós temos coisas mais importantes para descobrir.
- Eu vou descobrir, deixe comigo.
O serial killer foi preso, mas negava-se a responder o interrogatório. Neste assassinato também foi encontrado o papel com o número 240.
- Precisamos descobrir o significado do número – disse Janice desesperada.
- Não deve ser difícil, somos nós que não estamos pensando direito.

Foram publicados nos principais jornais os acontecimentos e perguntava-se o significado do número do número e da cruz.

Chegou o dia da primeira audiência do processo. O advogado de defesa alegou insanidade mental de seu cliente e defendeu que ele não poderia ser responsabilizado pelos crimes, pois não conhecia o caráter criminoso do fato. A acusação negou o argumento da defesa e afirmou a culpabilidade do réu, acusando-o de homicídio doloso. Nada foi decidido ainda naquela audiência. A imprensa cercou a promotora com perguntas a respeito dos sinais deixados pelo assassino.
- Não temos nada a dizer sobre isso, ainda não temos uma resposta – declarou Janice.
No jornal da noite o âncora reportou que a cruz e o número não tinham importância segundo a Dra. Janice.
- Desgraçados – disse Janice – distorceram tudo o que eu disse, eu odeio esses malditos repórteres.
- Calma querida – disse Marcos – eles apenas precisam publicar alguma coisa. Eu sei que você não disse isso, seu chefe sabe e a polícia também, é tudo intriga da imprensa, é muito mais interessante para eles publicar uma notícia assim do que o que você falou.
- Eles não sabem como o meu trabalho é complicado, como é difícil arranjar provas e condenar alguém.

Janice nem viu o tempo passar, já era sexta-feira, ela estava atrelada ao trabalho, mas não conseguia ser produtiva no caso. O seu chefe entrou em sua sala para terem uma conversa.
- Doutora, você está precisando de férias, vou designar o processo para outro promotor. Você está cada vez mais estressada e não consegue descobrir nada.
- Não posso tirar férias agora, o caso é importante demais para mim, não quero deixá-lo na mão de outro. Não sei se outro promotor vai se dedicar como eu a este processo.
- Você não entende, precisa descansar e colocar a cabeça no lugar. Você não vai sair deste caso de vez, apenas vai ser substituída por um tempo.
- Você que não entende, promotor, eu não posso deixar o processo agora e não vou fazê-lo.
- Faça como quiser – disse o chefe.
- Eu vou descobrir o que todo mundo quer saber, pode apostar.

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