sábado, 6 de novembro de 2010

Seção nova literatura (2-4-0) (2)

Vários anos depois

Passaram-se oito anos do fato ocorrido no apartamento, o assunto foi esquecido junto com o assassino. Nesse intervalo de tempo Janice terminou a faculdade de direito e alcançou o cargo de promotora, teve dois filhos e vivia uma vida feliz. Há oito anos foi ao enterro de Roberto acompanhada de Marcos, pois ele sabia a importância que o amigo tinha para ela e foi ampará-la no momento difícil. Janice era dedicada ao seu trabalho e fez a acusação pegar criminosos perigosos. A marca no peito de Roberto depois do assassinato foi assunto de grande discussão, ninguém conseguia uma exata interpretação da cruz marcada no peito da vítima, por isso acabou deixado de lado por ser demasiadamente complexo.

Quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Janice chegou em casa exausta do trabalho, deu um beijo nos filhos, a menina, Marcela e o filho, Victor e ainda deu um beijo no marido. Marcos era filho de um empresário do ramo dos transportes, mas seu pai havia morrido há pouco tempo, então ele e os irmãos assumiram a empresa. O marido era um sujeito dedicado ao trabalho e não tinha muito tempo disponível para a família e para ele mesmo, mas Janice aprendeu a lidar com isso e ela também virou uma pessoa apaixonada pela profissão, mesmo sendo de maior perigo para ela e para sua família. O marido estava assistindo à televisão.
- Então. O que está passando de bom aí? Perguntou Janice.
- Mais um processo para você ganhar – brincou o marido, mas não tinha idéia do quão séria foi a gozação.
Estava passando em todos os canais um assassinato que ocorrera há pouquíssimo tempo, e na hora não se podia imaginar que o caso seria um tormento para a promotora.
- Não quero saber disso agora, preciso tomar banho e dormir, quero apenas descanso agora – falou a esposa.

No dia seguinte, o chefe de Janice na promotoria bateu à sua porta querendo entrar, logo foi autorizado por ela.
- Tenho uma coisinha aqui para você – disse o chefe.
- O que é?
Silvio, o chefe, colocou o jornal na mesa da promotora na página que mostrava a polícia com o suspeito preso.
- Já pegaram?
- Ele é o principal suspeito, mas um advogado já conseguiu um habeas corpus. A denúncia ainda não foi feita, vou deixar a seu encargo. O corpo já foi para o IML, quero que você verifique o corpo antes de fazer a denúncia.
- Tudo bem, deixe comigo.
Na tarde daquele dia a promotora foi verificar o corpo, chegou ao IML e apresentou-se como promotora designada para o caso. Ao notar uma característica no defunto quase caiu pra trás, o morto tinha uma cruz desenhada no peito, parecida com a que estava no corpo do amante assassinado.
- Você está bem doutora? Perguntou o funcionário.
- Estou sim, às vezes eu me assusto com a maneira com que alguns são assassinados, dando uma desculpa para seu mal-estar.

Janice passou o resto da tarde e do dia pensando no que vira. Marcos notara que a esposa estava abatida, mas ela disse que era apenas trabalho demais e uns casos muito difíceis.
- Você precisa de um pouco de férias – disse o marido.
- Eu sei, mas não posso tirar férias agora. Tenho trabalho a fazer – respondeu a esposa. Só não imaginava que este seria o pior que enfrentara até agora.
Janice ligou para Silvio, seu chefe, que atendeu do outro lado da linha.
- Como um assassino tão perigoso conseguiu um habeas corpus? E tão rápido?
- Descobrimos que o tal assassino tem muito dinheiro, pode pagar excelentes advogados – respondeu o chefe.
- Não acredito. Eu vou querer ter uma conversa a sós com esse criminoso.
- Não recomendo você fazer isso, não sabemos de tudo que ele é capaz, mesmo se estiver algemado. Temos medo de que ele ataque você.
- Não vai me atacar se eu não agredi-lo.
- Por favor, doutora, você acha que um assassino espera o outro atacar para se defender? Se fosse assim eles não seriam assassinos.
- Confie em mim doutor, eu sei como proceder.
- Você é que sabe, antes do julgamento vamos realizar um encontro entre vocês, mas seja cautelosa, não o provoque e mantenha distância dele.
- Eu disse que sei como proceder.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem acredita mais?














Quem tem acompanhado a corrida presidencial neste segundo turno percebeu que há uma briga acirrada para provar quem dos dois candidatos é o mais cristão. A disputa pelos votos do eleitorado religioso é simplesmente patética. Só sendo muito cego para não perceber a palhaçada que é a campanha dos dois, que no momento deveria ser considerada anti-campanha, pois disto nada tem. A decisão da Marina Silva foi a mais sensata, pois pelo menos declarou que ela e o PV ficarão na neutralidade, sem indicar em quem devem votar.

Vivem dizendo que voto em branco ou nulo é jogado no lixo. Pergunto se votar num candidato em que não se acredita não seria a mesma coisa.
Deixo para vocês discutirem. No mais, bom voto para todos.

Retorno ao assunto depois do dia 31.

domingo, 22 de agosto de 2010

I'm back

Ok, foram apenas 3 meses sem dar as caras por aqui.
Pra quem estava com saudades e realmente gosta desse blog, por favor, permitam-me saber que vocês existem.
Pois é, esse período que eu estive fora do blog, tinha tanta coisa pra contar, mas eu realmente esqueci que tinha um blog.
No momento não tenho muito o que dizer, apenas que estou enojado com essa explosão de vlogs pela internet. O do PC Siqueira ainda é legal, mas tem tantos outros nada a ver.

Tipo o dessa garota:

domingo, 9 de maio de 2010

Hoje é que são elas

Procuramos no dicionário inúmeros sinônimos que significassem uma certa palavra...



...apesar de achar muitas palavras parecidas que se comparassem com essa qualidade...



... só a palavra MÃE pode expressar o que ela realmente significa


Não sabemos como agradecer tudo que nos deram até hoje.



Dos seus filhos


Homenagem às grandes mulheres, responsáveis por estarmos aqui no dia de hoje.

segunda-feira, 29 de março de 2010

317 anos

Hino Municipal de Curitiba
Hinos de Cidades
Composição: Ciro Silva / Bento Mossurunga

Cidade linda e amorosa da terra de Guairacá.
Jardim luz, cheio de rosa Capital do Paraná.
Pela ridente paisagem
Pela riqueza que encerra,
Curitiba tem a imagem
Dum paraíso na terra.

Viver n’ela é um privilégio
Que goza quem n’ela está.
Jardim luz, cheio de rosa.
Capital do Paraná.

Pérola deste planalto
Toda faceira e bonita.
Na riqueza e na opulência
Vive, resplande, palpita.

Subindo pela colina.
Altiva sempre será.
Jardim luz cheio de rosa
Coração do Paraná.
Salve! cidade querida
Glória de heróis fundadores.
Curitiba, linda jóia
Feita de luz e de flores.

fonte: http://letras.terra.com.br/hinos-de-cidades/688753/

Parabéns minha amada cidade, que me acolhe desde que nasci e acolheu muitos outros brasileiros que para cá migraram em busca de uma nova vida. Te amo muito e sempre.

domingo, 28 de março de 2010

Circo

Muito bem, o júri acabou e os criminosos foram punidos. Agora devemos criticar a parte podre disso tudo que é um bando de gente desocupada com faixas na frente do Tribunal do Júri que fica comemorando a condenação. Até picharam a muretinha do prédio em que eles moram com palavras ofensivas e dizendo que a pena era pequena. Tudo isso é parte da criminalização pela mídia. É engraçado o que o povo deixa de fazer de útil para ir lá massacrar duas pessoas já condenadas socialmente. Realmente, parecia Roma antiga.

Obs: Não estou defendendo o casal, apenas estou criticando uma realidade.

terça-feira, 23 de março de 2010

A hora da punição

Nessa semana começou o julgamento de um dos homicídios mais cruéis dos últimos anos, o da menina Isabella Nardoni. Não acho necessário explicar do que se trata, pois a mídia tratou de cuidar muito bem da publicidade do delito. Espero que os jurados tenham plena consciência da forma como vão agir, mesmo sabendo o futuro da decisão.

Não digo que seja o caso, mas muitas vezes o Tribunal do Júri comete certas injustiças, pois o julgamento não é técnico e sim social. Já houveram casos em que a acusação nem conseguiu provar direito o crime, no entanto os jurados condenaram o réu simplesmente por não aprovar suas características pessoais, seu estilo de vida, etc.

Não é apenas o júri que comete essas injustiças, quando crimes são amplamente divulgados pela mídia e causam um clamor popular por punições severas, juízes se sentem obrigados a dar uma resposta à altura da pressão que sofrem.

Eu não estou defendendo criminosos aqui, estou apenas relatando que o Poder Judiciário não é perfeito, comete muitos erros, que podem simplesmente acabar com a vida de pessoas. Não precisa de pena de morte para isso, é só condenar e aplicar uma pena, o suficiente para causar rejeição social.